terça-feira, 23 de março de 2010

Poesia para o gato



Gato que brincas na rua
Como se fosse na cama,
Invejo a sorte que é tua
Porque nem sorte se chama.

Bom servo das leis fatais
Que regem pedras e gentes,
Tu tens instintos gerais
E sentes só o que sentes.

És feliz porque és assim,
Todo o nada que és é teu.
Eu vejo-me e estou sem mim,
Conheço-me e não sou eu.

Fernando Pessoa

2 comentários:

  1. Os gatos, sempre os gatos ....
    felinos, selvagens, livres ....
    Encantadores!
    ratejantes da escuridão,
    como se comunicam com um olhar!

    ResponderExcluir
  2. êeee minha amiga Viviiiii! obrigada por visitar minha casa virtual, já q por enquanto n podes voltar a visitar a real né?
    beijocassss

    ResponderExcluir