Recordas o sinal dado em todas as horas
Quando víamos as crianças acordadas de noite
Elas nos diziam com seus estômagos e cansaços que
Os limites desse mundo não podiam ser mais estendidos?
Quando víamos as crianças acordadas de noite
Elas nos diziam com seus estômagos e cansaços que
Os limites desse mundo não podiam ser mais estendidos?
Todas as partes já caiam e ainda uma se movia com fúria
E mentia que o novo virá (para os mesmos, sempre)
Desde que embalado e protegido em cifras estrondosas
Que comprassem e estilhaçassem vidas e ideias
Olhando para trás quando chorávamos imaginando
E mentia que o novo virá (para os mesmos, sempre)
Desde que embalado e protegido em cifras estrondosas
Que comprassem e estilhaçassem vidas e ideias
Olhando para trás quando chorávamos imaginando
Que a secura daqueles dias iria engolir a todos nós
Não tínhamos o que hoje nos tem e faz atravessar o tempo
Para buscar as crianças jogadas naquelas noites, lhes
fazer um carinho impossível ao dizer: Vencemos!
Não tínhamos o que hoje nos tem e faz atravessar o tempo
Para buscar as crianças jogadas naquelas noites, lhes
fazer um carinho impossível ao dizer: Vencemos!
Theodoro Leães (Depois da fuga, Granada, 1971).
Profundo esse texto. Muito bom. Abraços Luz
ResponderExcluirSim, é de um belo poeta brasileiro de origem espanhola que fugiu do Brasil durante a ditadura militar.
ResponderExcluirAbraço