domingo, 13 de fevereiro de 2011

Antiga e eterna poesia


Onde a saudade acaba

Que saudade eu sinto, meu amor
De tudo que ainda não vivi e lembro
De tudo que me arrependo e repito
Que saudade de teus olhos aflitos
Diante da minha excitação

Que saudade do que ainda não vivi
Meu amor, que saudade

Não sinto o gosto de tudo
Minha boca só tem teu gosto
Meu corpo só tem teu cheiro
Que saudade de teus dedos

Que saudade do que ainda não vivi
Meu amor, que saudade

Tens me visto na noite
Em fuga de tudo que dói
Uma dor misturada com prazer
Um querer sem querer
Que saudade de teus braços a me envolver
Dos movimentos de tuas mãos

Que saudade do que ainda não vivi
Meu amor, que saudade

Que vontade de me jogar no absurdo
De fugir para o infinito
De gritar sem parar
Que saudade do teu gemido
Do teu corpo em febre a me acompanhar

Que saudade do que ainda não vivi
Meu amor, que saudade

A floresta é teu refúgio
Aqui estás protegido
Vens que te levarei a um lugar escondido
Que até hoje ninguém encontrou
E está saudade que ainda vivo
Há de ficar para sempre no infinito
Dos versos que o poeta deixou

Mesmo que o amanhã seja incerto
Que eu continue de ti tão longe e tão perto
Que você seja só uma miragem
Quero que conheças meu lugar mágico
Onde me refugio para fugir da realidade
Onde esta saudade acaba
Onde o poeta encontra seu mundo e sua casa.

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