sábado, 9 de abril de 2011

Lavanda



Um campo violeta
Esmaecido violeta violento das passagens
Plantação de lavanda
Colorindo seus olhos claros.

“Por favor, olhe para mim” - doía.

Plácido campo movendo-se suavemente
O que comanda a maré das coisas?

“Não quero olhar, porque quero demais” - dói ainda mais.

Seu perfume, lavanda, quem te deu esse direito?
Plácidas dançarinas, indiferentes.
Lembram-me teu jeito, tua suavidade.

“Olhe pra mim” - a iminência da mudança.
O que devo esperar?

Fico lembrando teu beijo
Deixo ficar assim...
Suave como esses campos de lavanda.

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