quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Uma segunda chance




Dias de chuva são como lágrimas, lágrimas cósmicas se materializando.
Pensava sobre isso, a moça na janela. Cabelos molhados, depois do banho.
Mais água.
Nos olhos, no corpo, no mundo.
A moça pensava nele. Sempre pensava nele. Em como, agora, diante da chuva batendo na janela, podia-se crer numa segunda chance. Um amor tão grande merecia isso.
Merece.
Ele havia corrido até ela, assim, num dia de tristeza cósmica. Fluindo rios do céu, caindo e correndo pelo asfalto. Levando seus pés até ela. Magnética e perigosamente até ela.
Uma segunda chance.
Debaixo da marquise, esperaram a tristeza passar. Mas não estiava. Nunca. Ele segurou sua mão, molhados. Água nos cabelos, nos olhos, no corpo, no céu. Implorou, chorou pela segunda chance.
Suas lágrimas em meio ao cosmos tristonho daquele dia...
Uma segunda chance pode vir com um toque de campainha.   
Agora.
Abre-se novamente a porta e lá está: o abismo.
Sem medo se deve pular. Com toda a alma, pular.   
Para uma segunda chance, afinal quem pode ter medo da chuva?

4 comentários:

  1. Oi Luz, gostei bastante do seu blog.

    Beijos =*
    Helen

    ResponderExcluir
  2. Oi Hel, que bom você aqui. Por favor, entre e fique a vontade.
    Beijos :*

    ResponderExcluir
  3. Como dizia o Nietzche...

    "... e quando vc olha para o abismo, o abismo também olha para vc... "

    Muito bom... vou aproveitar e passar uma dika, outro blog legal que talvez vc goste de ler...

    http://oquemaisninguemve.blogspot.com/

    JOPZ

    ResponderExcluir
  4. Jopz, eu conheço, é do meu amigo Marcelo Panela hehehehe
    Beijo

    ResponderExcluir