Eu gosto de me pintar.
Assim, como quem vai pra guerra. Ou pra festa. Tanto faz...
O que eu gosto mesmo é de me pintar, de me colorir, de me recriar.
Destacar os olhos, como se fazia num longínquo templo nas areias quentes do Egito. Imitando o traçado selvagem dos felinos, um traço acima, um traço abaixo, em longas sinuosas linhas negras. Depois vai cor nas pálpebras.
Como gosto de me pintar.
Assim, como quem vai pra guerra. Ou pra festa. Tanto faz...
O que eu gosto mesmo é de me pintar, de me colorir, de me recriar.
Destacar os olhos, como se fazia num longínquo templo nas areias quentes do Egito. Imitando o traçado selvagem dos felinos, um traço acima, um traço abaixo, em longas sinuosas linhas negras. Depois vai cor nas pálpebras.
Como gosto de me pintar.

De demarcar territórios: aqui os olhos, depois as maçãs, por fim a boca...
Pintar-me como as índias. Um traço largo de urucum e pintas de onça com o suco do genipapo.
Gosto tanto de me pintar que a tinta se expande aos cabelos. Tinta não, como diria um amigo meu, coloração. E vou ao delírio das cores!
Pintar-me como as índias. Um traço largo de urucum e pintas de onça com o suco do genipapo.
Gosto tanto de me pintar que a tinta se expande aos cabelos. Tinta não, como diria um amigo meu, coloração. E vou ao delírio das cores!

Vermelho por favor! Sempre pelos rojos!
Parece que me fizeram sem cores, tudo um só castanho sem graça, modorrento. Queria mesmo é ser ruiva e colorida natural: cabelos fogo, olhos céu, pele leite.
Parece que me fizeram sem cores, tudo um só castanho sem graça, modorrento. Queria mesmo é ser ruiva e colorida natural: cabelos fogo, olhos céu, pele leite.

Como não sou índia lá na taba, nem ruiva e menos ainda egípcia – infelizmente – compro a coloração e logo o vermelho é parte de mim. O azul vai nas sombras e o rosado nas maçãs. O negro contorna os olhos.
Cigana!
Bruxa!
Mística!
Já me rotularam tanto.
E eu simplesmente gosto de me pintar.
Cigana!
Bruxa!
Mística!
Já me rotularam tanto.
E eu simplesmente gosto de me pintar.
Talvez sejam resquícios de velhas heranças, vai saber...
Ah, as cores são fantásticas!
ResponderExcluirVibram, mudam o lugar onde de instalam...
Uau!
Adoro cores.
ResponderExcluirBeijo Lulu!
Impossível ler esse texto sem cantar Rita Ribeiro... "Há mulheres que se pintam de caulim, na Costa do Marfim, para o Deus louvar..." =]
ResponderExcluirUau! Que linda a música!
ResponderExcluirgrata pelo comentário Lolis!
Beijos